quarta-feira, 23 de março de 2011

Produção do primeiro semestre de 2011

2011
 Horizontes, acrílica s/tela, 140 x140cm

 Florada de cores, acrílica s/tela, 140x140cm


Na produção atual, investigo um processo de pintura com gotejamento de tinta acrílica por pincel, vivenciando o rito oriental da paciência, feito em múltiplas camadas com a intenção de que resultem superfícies pictóricas tramadas com a aparência de uma tecedura bordada. Procuro construir imagens sintéticas de paisagens.                 


2009
Paixões, acrílica s/tela, 80 x100cm 


Dialogal, mista s/tela, 100 x 80cm.

Duas línguas, acrílica s/tela, 80 x100cm.

“A artista plástica Tsuruko Uchigasaki nasceu em Porto Alegre , Rio Grande do Sul, e mora há muito tempo em Brasília.

A exposição CALIGRAFIA DO CERRADO é a síntese de quatorze anos de trabalho. O cerrado passou de figura a tema, captado inicialmente através do desenho e, depois, transformado em pintura.

Pintura ou inscrição, tanto faz.

A artista sempre investiga a raiz das palavras para compor suas obras. Cali, do grego kalli, significa “belo”. A escrita bela do cerrado”, porém, não se refere a uma paisagem específica, mas a todas as paisagens possíveis. Não se trata da mera representação do belo, mas da busca de todos os sentidos da beleza.
A vegetação do cerrado forma os caligramas que estruturam os quadros-textos verticais, semelhantes à folha de papel escrita. A repetição das fileiras de árvores, lembranças das áreas cultivadas pelos pais agricultores, dá lugar aos horizontes. Como num ritual, Tsuruko invoca ardorosamente o futuro, a mudança, a fronteira, sem jamais alcançá-los; o horizonte é uma espera.
Árvores, fileiras, horizontes desfazem-se em pistas que serão decifradas pelo leitor com seu repertório pessoal de imagens. Não há respostas prontas nem reações apenas visuais. Em vez disso, a escuta se apura, a imaginação se acende, as vivencias afloram.
Fileiras, horizontes, pistas. Tsuruko é também a arqueóloga que protege seus preciosos achados sob intensas camadas de branco, para que sejam desenterrados, com mais luz, no futuro próximo ou distante – não importa. Seus quadros gostam da penumbra, porque têm luminosidade própria.”

Luci Afonso – escritora . Brasília, 20 de abril de 2009.



Caligrafias do Cerrado



Mandala-flor, acrílica s/tela, 100 x 100cm ,2007


 Céu I, acrílica s/tela, 100 x 100cm,2000

Céu II, acrílica /tela, 100 x 80 cm, 2000



Desenhos,1999









3 comentários:

  1. Encontrar as obras da Tsuruko sempre traz a possibilidade de um grande encontro: encontro com aquela pintura que te aprisiona dentro dela. Há um suspensão da respiração e você cede à contemplação lenta, prazerosa, a plena fruição da beleza. E aqui nesse aniversário da cidade, entre caligramas, desenhos e floradas, eu me rendo a "Dialogal", "Horizontes"... E vejo um novo toque no azulejo em "Mandala-flor". Venha mais vezes ocupar a cidade Tsuruko! Parabéns!!!

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